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Uma amizade improvável pt4

Eu devia ter feito muitas perguntas para Steven antes de sair de casa daquele jeito, devia ter perguntado quem ela era realmente e o que ela queria. Mas sendo bem honesta, no fundo eu sabia que ele não teria todas as respostas e se tivesse provavelmente teria me falado…

Segui até o endereço informado, mas alguns metros antes eu decidi guardar minha moto e seguir a pé, não queria chamar a atenção muito cedo, por tudo se Kate era uma vampira com uma “surpresinha”, seria bacana manter a precaução como aliada. Caminhei por uma trilha de terra que seguia até uma fazenda, algo mais rústico, mais country e claro do meu gosto.

Aparentemente tudo estava muito tranquilo no local, não tinha a presença de ninguém, dentro e fora da casa. Andei em volta do terreno analisando muito fatores: 1º que não haviam carros ou motos, 2º as luzes estavam acessas, mas não tinha ninguém dentro da casa e 3º pude observar pelas janelas uma massiva coleção de armas guardadas em um armário que mais parecia uma cristaleira.

Peguei meu celular e tirei algumas fotos, decidi que seria uma boa hora para sair dali, mas antes que pudesse ir, algo me chamou atenção, um amuleto na porta, parecia de proteção e eu que não sou boba nem nada, tirei uma foto para mandar para alguém especialista em amuletos e objetos antigos.

Quando cheguei perto da minha moto tive uma péssima surpresa, os pneus foram perfurados e eu tive a certeza que algo ou alguém fez uma brincadeira no qual iria se arrepender depois ou o dono da casa misteriosa (ou seja, kate), viram minha moto por lá e não gostaram do fato de que eu estava bisbilhotando…

Moto com pneu furado não anda né gente, mas ainda bem que todos temos nossos meios de “seguro” e o meu se chama Steven, peguei meu celular e liguei para ele e expliquei toda situação, Steven apenas falou “Não saia dai, estou indo!” e desligou. Não demorou muito para ver a caminhonete dele virar a estrada e se aproximar – Hum parece que lhe pregaram uma peça ou não te queriam aqui não é Lili¿ – ele parecia se divertir com tudo isso, – Aparentemente sim… Mas nada como ter um amigo muito bacana pra ajudar, não é Stevee¿! – mais alguns ajustes e minha moto estava descansando na caçamba da enorme picape do Steven.

Ele me levou até em casa e não perguntou quase nada a respeito da minha aventura como detetive, apenas falou que quem muito procura acha e que nem ele mesmo conseguia explicar o que havia de errado com a Kate, pois não chegou a ter intimidade o suficiente.

Após ele ir embora peguei meu note e transferi as fotos do celular, tinha que enviar as fotos para um especialista, principalmente a foto do amuleto na porta, aquilo me deixou ainda mais intrigada.

Trevor saberia provavelmente o que fazer e para quem perguntar, enviei o seguinte e-mail para ele: T… Neste anexo seguem algumas fotos de um local que estou investigando, se puder me ajudar eu agradeço.

Att: Lilian.”

Demorou mas ele respondeu: “ O amuleto da porta não é coisa boa Lili, lembra que te falei de mais alguns outros clã antigos, quase medievais¿ Se lembrar por favor não vá atrás sozinha, vou enviar alguém para lhe ajudar! Mas apenas digo que esse definitivamente é um antigo, apenas preciso descobrir que clã, pois não tenho certeza ainda. Mas fique sabendo que temos clãs inimigos, a eterna “Era Feudal” Vampiresca ainda existe! Clãs que disputam terrenos ou soldados, e a Ordem tem os seus inimigos por vez… Por hora fique de boa, settle down girl… Quando descobrir eu te ligo!”

Hummmm se o Trevor que é, bom um vampiro considerado perigoso, ficou com receio do que viu, o mais sábio seria esperar a resposta do próprio para poder tomar qualquer atitude. Achei que seria melhor ir dormir e esquecer todo este pesadelo psicodélico por hora.

Toques altos do meu celular logo do lado do meu travesseiro me acordaram fazendo com que eu desse um pulo e pegasse minha espada, mas quando me toquei que era apenas o celular, abaixei a lâmina e atendi o telefone, era Trevor e parecia estar angustiado – Lilian! Onde você está¿ – como assim onde eu estou – Em casa por que¿ – silêncio e depois um barulho preocupado do outro lado – Lembra o amuleto¿ Não é de proteção e sim um símbolo! Símbolo dos antigos Cruzados, clã de assassinos, não apenas vampiros, mas metamorfos e Licans! O que quer que queira fazer não faça! São perigosos e geralmente agem em bando! Fique ai, vou ligar para o Daniel e Steven, vocês precisam se reunir e nos manter informados… Um clã assim não fica em casas a toa, estão se reunindo para algo! – e então ele desligou o telefone e eu fiquei como uma palhaça no fim do circo coçando a cabeça e sem entender nada!

Depois fui me tocar que havia uma mensagem de duas horas atrás da Kate, “Lili preciso falar com você! Será que posso ir ai¿”, e agora o que fazer¿ Olhei para a mensagem umas trinta vezes antes de responder, até por que vamos para aqui e pensar um pouco mais, eu fui na casa que supostamente era a casa dela de “férias” e lá encontrei um mega arsenal de armas e um amuleto tão antigo quanto a múmia viva do Michael e depois tive a ótima notícia a que tipo de clã amistoso e carismático aquele amuleto pertencia e obviamente a pequena vampira misteriosa pertencia! Que bom! Que alegria! Que alivio! ¬¬’’’’’’’’

Respondi apenas que não e que outro dia nos encontraríamos, ela por sua vez apenas visualizou e ficou por isso até que sinto alguém lá na minha varanda, seguido de batidas na minha porta, fui silenciosamente até minha Katana e a segurei com força, mais batidas na porta e agora uma voz conhecida – Lilian abre por favor! – A minha pqp! Antes ela some, vai embora, não fala nada e fica com mistérios de Lúcifer e o caralho a 4! E depois de algumas horas que eu fui fuçar a casa que é dela, Kate me aparece na porta de casa pedindo para abrir a porta¿ What fuck¿ Depois do que eu descobri¿ Claro que eu vou abrir, mas armada até os dentes, porque sei lá o que me espera. Quando finalmente abro a porta, lá estava uma Kate nua e aparentemente com pequenos machucados, ajoelhada na minha varanda como se estivesse fugindo de algo ou alguém…

– Lili! Help me! ( Me ajuda Lili!)

Oh, uma tempestade está ameaçando
Minha vida hoje
Se eu não conseguir alguma proteção
Oh, sim, Eu irei desaparecer
Ooh, veja o fogo varrer
Nossa rua hoje
Queima como um carpete vermelho carbonizado
Touro louco perdeu seu caminho
Guerra, crianças
Está apenas a um tiro de distância

 

 

 

 

5 comentários

  1. Imaginei milhares de simbolos diferentes mas com certeza não é nenhum desses, anciosa pela continuação…

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