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De volta a uma rotina nada normal – Parte VI

Entrei no quarto, abrindo a porta bruscamente. Lorenzo estava me esperando, embora fraco. Tranquei a porta atrás de mim. Peguei algumas correntes, ele não reagiu para minha surpresa, mas ignorando meu espanto, falei enquanto o amarrava:

– Eu ainda não sei o que vou fazer com você. O que sei é que ainda estou com muita raiva. E você merece um castigo.

– Tudo bem. Eu não vou fugir. Pode fazer o que quiser.

– Cala a boca seu estúpido, frouxo. Beba isso. – Falei literalmente metendo o liquido goela a baixo daquele infeliz.

– O que vai fazer? Transformar-me?

-Já disse para calar a boca. – Falei aos berros e depois mais calma. – É claro que não, não tenho tempo e nem disposição para cuidar de uma cria. Além disso, você não merece.

– Não mereço? Mas é o que tem feito comigo, até então, cuidado de mim…

Lorenzo era obediente, submisso, mas também muito atrevido. Olhei-o como quem diz “Se abrir a boca de novo arranco sua língua”, e certificando-me desnecessariamente de que estava bem preso, analisei cuidadosamente alguns materiais que ali havia, deixando- o me observar, até decidir-me por uma haste comprida, com filetes de couro nas pontas. Virei- o ajoelhado no chão e então, descontei toda minha raiva em seu corpo, deixando marcas  e hematomas terríveis eu suas costas, nádegas, peito e coxas. Quando terminei, Lorenzo encolheu-se no chão e olhou-me de canto, vencido pela dor e pelo cansaço. Ajoelhei na sua frente, observando o sangue escorrer pelo seu peito forte. Lentamente, lambi uma de suas feridas, até o pescoço, depois até a boca, beijando-o.

– Você é um monstro, mas, inexplicavelmente eu gosto disso.  Rebecca… Eu gosto muito de você, eu acho que…Te amo.

Parei o que estava fazendo como se tivesse levado um soco. Dei-lhe um tapa no rosto, fazendo- o  cuspir. Amor? Que tolice! Mas, Lorenzo me fez sentir algo diferente naquele momento. Sentei no chão. Coloquei sua cabeça em meu colo. E acariciando-o, falei:

– Já chega por hoje. Durma criança…

Algumas horas depois, deixei Lorenzo envolvido em uma manta cobrindo ao menos suas “partes” e então saí. Tomei um longo banho, cantarolando baixo para espantar o stress e a tensão. Coloquei uma calça montaria preta, saltos, blusa decotada, jaqueta de couro e deixei o cabelo solto, caindo pelas costas.  Estava saindo, precisava aproveitar a noite, o luar e pensar com calma no que fazer. Talvez passasse para conversar com Ferdinand, e pedir alguns conselhos de irmão mais velho. Mas, ele próprio já tinha seus problemas, não iria perturbá-lo com aquilo, mesmo sabendo que ele não se negaria em me ouvir alguns minutos. Peguei as chaves do carro e quando abri a porta dei de cara com ela. Sophie, convidando-me para um drinque pretendendo corrigir a má impressão da primeira e última vez que nos encontramos.

– Você por aqui?

12 comentários

  1. Até eu senti um soco no estômago depois desse:” Eu acho que te amo”……

    Como assim ela apareceu do nada? Ela é stalker pqp, e ler vc dominando o Lorenzo….Becky, isso foi intenso….

      • Hahahaha Realmente, pode ser que as visões de mundo tenham se expandido, sim. No entanto, para uma vampira como eu, isso não é novidade, não. Não precisa se preocupar irmãozinho 😉

        • Irmãozinho? Obrigado, fazia tempo que eu não me sentia com 6 anos de idade ahueahuehaueh

          • O momento em que a Becky te trata como se fosse sua irmã mais velha kkkkkkkkkkkkkk. E fê,vc com 6 aninhos teve ter sido muito fofo kkkkkkkk

      • Confesso que também estou preocupada,mas também estou louca para ler #50tonsdeBecky kkkkkkkkkkkjj

    • Obrigada Querida ^^
      Pois é, muitas coisas aconteceram desde então. Sophie reapareceu, mas digamos que ela tem se tornado uma grande amiga.
      E quanto os sentimentos de Lorenzo, confesso que fiquei pensativa quanto a isso 😉

      • Grandes amigas é? E tudo começou nesse momento de vc e Lorenzo? #Benzo ahhh louca para o próximo capítulo

        • Pois é, após conhecê-la melhor, minha opinião sobre ela mudou bastante. 😀

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